quarta-feira, 31 de julho de 2013

Pela Costa Oeste I


Travessia Santa Cruz - Ericeira

Depois do sucesso que foram as travessias da costa norte que efectuámos há 1 ano atrás, decidimos voltar a repetir uma delas mas em sentido contrário, isto é, inicio em Santa Cruz e final na vila da Ericeira. Assim marcámos o ponto de encontro na Ericeira e com alguns dos carros transportou-se todo o grupo para Santa Cruz onde pelas 8:45h da manhã iniciámos a caminhada.

A manhã estava já muito quente com temperaturas superiores a 30º e as previsões apontavam para 40º o que não é habitual na costa atlântica a norte de Lisboa o que iria pesar bastante nesta nossa actividade.



Praia de São Sebastião - Ericeira



Chegámos à praia de Santa Cruz, a praia por excelência de Torres Vedras. Partimos pelas 8:45h da chamada praia formosa cuja beleza faz jus ao nome, quando a temperatura já estava muito alta para aquilo que é habitual nestas paragens, ultrapassando os 35º .

Praia Formosa






Subindo pelas belas arribas torrienses depressa chegámos a praia azul seguida da Foz do Sisandro, onde tivemos uma pequena paragem para tirar a areia das botas.


subida para as arribas da formosa


Praia Azul



Foz do Sisandro


Voltámos a subir as arribas de Cambelas e descemos à respectiva praia por um trilho ora largo ora estreito e nem sempre muito fácil. Aproveitámos esta praia para o Banana Time com direito a mergulho na água gelada do atlântico pois o calor já apertava bastante e havia que refrescar.




Praia de Cambelas

Pormenores da costa (mariola a sinalizar o trilho)


De Cambelas passámos às praias de Assenta e Porto Barril onde entrámos em terras de Mafra e novamente pelas arribas chegámos a praia da Calada, onde com muito calor e esforço acumulado decidimos descer a praia e num pequeno bar fazer o Lunch Time e onde à sombra e com muitas bebidas frescas recuperámos para mais uma etapa.

Praia da Assenta ao fundo






Praia da Calada

Mais uns kilómetros e avistámos a praia de São Lourenço plena de veraneantes e banhistas os quais ficaram perplexos a ver passar o grupo de caminheiros pela praia fora....





Em seguida a praia dos coxos onde mais uma vez parámos para dar um mergulho nas ondas do mar salgado e tal como Camões no seu poema sentirmos quanto deste sal são lágrimas de Portugal.

Praia dos Coxos


Praia dos Coxos

No percurso ainda houve espaço para escalada e rappel.



E depois de mais belas e altaneiras arribas passámos a ponte de madeira na Ribeira d'ilhas, visitámos o seiscentista forte de Mil Regos (ou Milreu) onde pousámos para a tradicional foto de grupo e chegámos finalmente à Ericeira, provavelmente a milenária Ericina dos Fenícios, depois de muito calor, muitas subidas e descidas, mergulhos no Atlântico e muita alegria que sempre carateriza as nossas actividades.

Ribeira d'ilhas


E Eis-los que chegam 26 caminheiros depois de 27 km percorridos. Contentes, morenaços, cansados e sobretudo superados! 




segunda-feira, 22 de julho de 2013

Lagoa de Albufeira



O dia amanheceu cinzento e de nevoeiro e tal como combinado comparecemos na praia da Lagoa de Albufeira ali para os lados de Alfarim e Meco com algum atraso devido a problemas de trânsito na ponte sobre o Tejo.

Lagoa de Albufeira pela Manhã


A praia estava deserta quando começamos a nossa actividade pelo areal a sul até à praia do Meco onde inflectimos para o interior e pelo Pinhal voltámos à Lagoa.




A caminho do Meco



Praia do Meco




Dirigimos-nos à foz para verificar o melhor local para atravessar o areal para norte e depois de várias tentativas concluímos que o melhor ponto para a travessia seria precisamente no local onde a agua da lagoa encontra o mar e sempre com algum cuidado descalçamos as botas e iniciamos a travessia que decorreu tranquilamente sem sobressaltos.

A preparar a travessia da lagoa





Em seguida contornámos a margem norte da Lagoa até à herdade da Apostiça e continuamos nas margens da Lagoa por mais algum tempo, findo o que voltamos a rumar a norte pelos caminhos do pinhal rumo à praia da Fonte da Telha.

Margem norte






Restos de madeira



Não sem antes pararmos para o banana time...


Banana time


Durante o caminho do pinhal por vezes o trilho tornava-se monótono, um piso com bastante areia e paisagem repetitiva, foi quando tive a ideia de subir algumas ravinas sobranceiras ao caminho que para espanto meu e dos restantes se revelaram bastante difíceis por via da quantidade de areia tornando difícil a progressão na subida.




subida da duna




Depois de muitas subidas e descidas que muito animaram o grupo chegámos finalmente à Fonte da Telha onde iniciámos o caminho para sul pela famosa Mata dos Medos e onde pudemos admirar a arriba fóssil que carateriza este segmento de costa e lá continuámos subindo e descendo onde o trilho das arribas nos levava ora subindo, ora descendo, admirando as escultura que a erosão esculpiu nas arribas.



arriba fóssil


descida da arriba com corda




trilhos das arribas


E assim se passou a segunda parte da actividade caminhando aventureiramente pelas arribas com alguma escalada e dificuldades de várias ordens pelo caminho...


 


Quando chegámos ao final e nos preparávamos novamente para a travessia, deparámos com a maré cheia e avisos dos vigias da praia que não podíamos atravessar ali pelo que tivemos de contornar a lagoa até ao ponto onde a maré fosse mais baixa e se conseguisse efectuar a travessia em segurança.

Com a ajuda da equipa dos vigias da praia lá encontrámos um vau onde foi possível atravessar apesar de termos agua até à cintura e termos de transportar as mochilas à cabeça.... ossos do oficio de quem se aventura... 



Mas ainda assim a travessia decorreu com segurança e normalidade e desta forma atingimos o ponto inicial, onde mudamos de roupa, fizemos alongamentos e bebemos a tradicional "bejeca" pós-caminhada,




Bem hajam por mais uma grande aventura!